(ATOS, capítulo 22, versículo 16.)
Relatando à multidão sua inesquecível experiência às portas de Damasco, o Apóstolo dos gentios conta que, em face da perplexidade que o defrontara,
perguntou-lhe Ananias, em advertência fraterna:
“E agora por que te deténs?”
A interrogação merece meditada por todos os que já receberam convites, apelos, dádivas ou socorros do plano espiritual.
Inumeráveis beneficiários do Evangelho prendem-se a obstáculos de toda sorte na província nebulosa da queixa.
Se felicitados pela luz da fé, lastimam não haver conhecido a verdade na juventude ou nos dias de abastança; contudo, na idade madura ou na dificulda de material, sustentam as mesmas tendências inferiores.
Nas palavras, exteriorizam sempre grande boa-vontade; entretanto, quando chamados ao serviço ativo, queixam-se imediatamente da falta de dinheiro, de saúde, de tempo, de forças.
São operários contraditórios que, ao tempo do equilíbrio orgânico, exigem repouso e, na época de enfermidade corporal, alegam saudades do serviço.
É indispensável combater essas expressões destrutivas da personalidade.
Em qualquer posição e em qualquer tempo, estamos cercados pelas possibilidades
de serviço com o Salvador.
E, para todos nós, que recebemos as dádivas divinas, de mil modos diversos, foi pronunciado o sublime desafio:
“E AGORA POR QUE TE DETÉNS ?”
(Emmanuel/Chico Xavier)
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