quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ALGUÉM PARA AMAR...

 
O mundo está cheio de queixas.
 
De pessoas que se dizem solitárias.
 
Que desejariam ser amadas.
 
Que vivem em busca de alguém que as ame, que as compreenda.
 
O mundo está cheio de carências.
 
Carências afetivas. Carências materiais.
 
Possivelmente, observando o panorama do mundo onde vivia foi que Madre Teresa de Calcutá, certo dia, escreveu:
Senhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que necessite de comida.
 
 Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.
 
Quando sentir frio, dai-me alguém que necessite de calor.
 
  Quando tiver um aborrecimento, dai-me alguém que necessite de consolo.
 
Quando minha cruz parecer pesada, deixai-me compartilhar a cruz do outro.
 
Quando me achar pobre, ponde a meu lado alguém necessitado.
 
Quando não tiver tempo, dai-me alguém que precise de alguns dos meus minutos.
 
Quando sofrer humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.
 
Quando estiver desanimada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
 
Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que necessite da minha.
 
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.
  Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa.
 
Tornai-nos dignos, Senhor, de servir nossos irmãos que vivem e morrem pobres e com fome no mundo de hoje.
 
Dai-lhes, através de nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.
  Madre Teresa verdadeiramente conjugou o verbo amar na prática diária.
 
Sua preocupação era em primeiro lugar com os outros.
Todos representavam para ela o próprio Cristo.
 
Em cada corpo enfermo, desnutrido e abandonado, ela via Jesus crucificado em um novo madeiro.
Amou de tal forma que estendeu a sua obra pelo mundo inteiro, abraçando homens de todas as nações e credos religiosos.
 
Honrada com o Prêmio Nobel da Paz, prosseguiu humilde, servindo aos seus irmãos da romagem terrestre.
 
Tudo o que lhe importava eram os seus pobres.
 
E os seus pobres eram os pobres do mundo inteiro.
 
Amou sem fronteiras e sem limites.
 
Serviu a Jesus em plenitude.
 
E nunca se ouviu de seus lábios uma queixa de solidão, amargura, cansaço ou desânimo.
 
  Sua vida foi sempre um cântico de fidelidade a Deus, por meio dos compromissos com as lições deixadas por Jesus.
 
* * *
  O Cristo precisa de almas dispostas e decididas que não meçam obstáculos para servi-lO.
 
Almas que se lancem ao trabalho, por mais exaustivo que seja, porém sempre reconfortante e luminoso, desde que possa ser útil de verdade.
  Almas que não esperem nada do beneficiado, por suas mãos socorrido, a não ser a sua felicidade, sob as luzes do amigo Jesus.
 
Almas cujo único desejo seja o de amar intensamente, sem aguardar um único gesto de gratidão.
 
  Almas que tenham entendido o que desejou dizer Francisco de Assis:
 
 É melhor amar do que ser amado.

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