quarta-feira, 14 de agosto de 2013

OS DESÍGNIOS DO CORAÇÃO...


As lamentações dos infortúnios do coração são fontes de abatimentos e frustrações humanas. 

Os julgamentos impensados, as críticas, o desespero, a pressa, a ansiedade são válvulas propulsoras do atraso do amor a si e ao próximo... 

Ao lembrarmos da palavra coração, não conseguimos perceber a grandiosidade da alma implícita neste termo tão singular. 

A alma é o reservatório de todos os nossos passos pela evolução, onde se guarda a volúpia, o desejo, a serenidade, a paz, a calma, o carinho, o ódio, a raiva, a tristeza, e todos os outros sentimentos envolvidos na constituição de um ser. 

 Ao estudarmos a alma encarnada, englobamos a fisiologia, a anatomia, e toda constituição biológica e química que compõe a matéria. 

Algo pesado, a matéria repreende o espírito, que se une com uma energia mais leve, mais sutil, mas carregado de amarguras, dores e resgates! 

Querer não é poder sempre! 

Principalmente quando os desígnios do coração foram compostos de muitos erros, muitos conflitos e muitos sentimentos foram vivenciados que trouxeram muitas mágoas e dívidas! 

A renúncia diante do amor impossível é a prova maior da limpeza da alma impura! 

É a prova do amor maior por não passar à frente o que ainda não foi conquistado com maturidade emocional! 

O ciúme é o medo da perda o qual é visto como incondicional! 

Simplesmente a palavra educa verdadeiramente refletindo sobre a máxima: 

“Ninguém perde o que nunca teve”. 

O amor neste caso se for verdadeiro, acompanha por séculos, e não é a prisão de um ser humano que trará a felicidade!

 O nome disso é imaturidade, comportamento de criança que se sente inferior diante das grandes verdades da vida! 

A obsessão que o nome amor traz não é fruto da verdadeira grandeza do amor! 

O amor liberta, o amor deixa livre a escolha do coração alheio! 

Não se pode forçar o que não se exibe um querer! 

Obsediar é viver a vida do próximo, com as próprias exigências egoísticas frutos das amarras sentimentais da rigidez e grosseria negativa emanadas dos recônditos do ser. 

 O que obsedia o próximo obsedia a si mesmo, porque perde o amor ao próximo. 

 As lágrimas que lavam o corpo físico e libertam a alma é a prova da mudança interior. 

 É aceitar a derrota, o próprio tropeço... é aceitar que ninguém é de ninguém se não existir a vontade própria e o amor verdadeiro.

 Compreender os recônditos do coração, ou seja, o que habita o interior humano é saber lidar com os próprios desígnios do coração!

 Todas as almas são uma individualidade! 

 Todos os sentimentos são variáveis para cada ser humano que traz dentro da alma frutos de experiências diversas pelas vidas pregressas de existência! 

Não tenteis mandar nos outros! 

Assuma a própria postura no mundo! 

Aceite os próprios erros primeiro! 

Aceite sem lamentação a parcela de erros para o que vive hoje, e utilize a palavra reconstrução para ser a semente do renascimento do amor dentro de si, passando do amor a si para o amor ao próximo! 

São os desígnios do coração que frutificaram nas maiores e mais valiosas obras construídas até hoje: 
a fé, a humildade, a caridade, o amor e o progresso! 

 (Lilian Karla Buniak Pinto)

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