terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O ÓDIO

O ódio gasta a lentidão das horas
Abrindo fendas no clamor das preces;
E ri das dores onde a vida chora
E tanto fere que de si padece...

O ódio vive de morrer de fúria
Cravando as unhas onde a calma sonha;
E tanto goza a propalar injúrias
Que sorve a raiva pra beber peçonha.

O ódio fia cada nova teia
Com toda mágoa que retém nas veias,
Ferindo a paz para gozar a dor.

E tanto insano quanto corrosivo
Embora finja ter outros motivos...
O ódio sofre por não ser amor.

(Autoria: Vaine Darde

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