NORMA DE OURO!...
Ama o próximo como a ti mesmo.
A regra áurea reconhece o amor a nós próprios,
justificando a necessidade do auto apreço,
para que não estejamos pregando
estima aos outros, a chafurdar-nos em desmazelo.
Muito naturalmente aspiramos ao respeito
pelos direitos que a vida nos atribui.
Almejamos a cooperação de muitos para que
os nossos deveres se façam bem cumpridos.
Nas horas do erro,
agradecemos a caridade dos que nos propiciam
o reconforto da tolerância.
Nos momentos de acerto,
sentimos novo impulso ao serviço
ante os estímulos da amizade.
Acicatados pela necessidade,
queremos que os outros nos auxiliem.
Doentes, não duvidamos de que o próximo
tem a obrigação de amparar-nos.
Diante daqueles que amamos
exigimos a consideração dos que se aproximam.
Nas tarefas que impelidos a realizar
aguardamos a avaliação afetiva
dos que andam conosco.
Forçoso observar que
os outros esperam também tudo isso.
A incompreensão aborrece-nos,
o sarcasmo que se nos atira
mais se assemelha a esbraseado estilete
com que se nos revolve os tecidos da alma.
Acontece o mesmo na sensibilidade
de quantos nos cercam.
Por outro lado, não nos seria lícito
receitar educação para os semelhantes
sem sermos educados, e nem apelar para o caráter alheio
se nos amodorramos no charco da incúria.
"Ama o próximo como a ti mesmo",
diz a norma de ouro.
Nada de endeusar-nos,
nem aparentar valor que não temos,
mas respeitar-nos,
garantindo ao nosso espírito o dom
de aprender,servir e melhorar-nos
com tranquilidade de consciência.
Para chegarmos a isso,
reconhecer que, em tudo, é preciso dar
e fazer aos outros tudo aquilo
que desejamos seja dado e feito a nós.
(LUIZ)
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