segunda-feira, 14 de março de 2011

A CANDEIA...





A candeia luminosa, acima do velador, não é somente um problema de verbalismo doutrinário.


Claro que as nossas convicções públicas revelam pensamento aberto e coração arejado, na sincera demonstração de nossas concepções mais intimas.



O ensinamento do Cristo, porém, lançou raízes mais profundas

no solo do nosso entendimento.



A lâmpada acesa da lição divina é, antes de tudo, o símbolo de nossa atitude positiva, nos variados ângulos da existência.


O discípulo do Evangelho é convidado a afirmar-se, no mundo, a cada instante.


Se foste ofendido, não conserves a luz do perdão nas dobras obscuras dos melindres enfermiços.



Se encontraste a dificuldade, não escondas a coragem

nos resvaladouros da fuga.


Se foste surpreendido pela provação, não enterres o talento da fé no deserto do desânimo.

Se foste tocado pela dor, não arremesses a esperança

ao despenhadeiro da indiferença.

Se sofres perseguição e calúnia, não arrojes a oração no precipício do desespero.




Se a luta te impôs a marcha entre espinheiros,

oferecendo-te fel e vinagre, não ocultes o teu valor espiritual,

sob os detritos da inconformação ou do desalento.


Faze a tua viagem na Terra, em companhia do Amigo Celestial, de coração elevado à Vontade Divina, de cabeça erguida na fidelidade à religião do dever bem cumprido, de consciência edificada no bem invariável e de braços ativos e diligentes na plantação das boas obras.



Não disfarces os teus conhecimentos de ordem superior

e aprende a usá-los, em benefício dos semelhantes

e em favor de ti mesmo, porque assim, ainda mesmo que

o sacrifício supremo na cruz se te faça prêmio entre

os homens, adquirirás na Vida Maior a felicidade

de haver buscado a luz da própria sublimação.

(EMMANUEL /FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER)

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