segunda-feira, 2 de junho de 2025

 Retrato sorridente de criança africana | Foto Grátis

 

 

 O SORRISO DA CRIANÇA TRISTE!...

Há um instante
em que o mundo silencia.
É quando uma criança triste
sorri.

Não é um sorriso de festa,
não tem brilho exagerado,
não chama atenção.

É pequeno, quase tímido,
como quem pede desculpas por sentir.

Mas ali,
na curva suave daquele gesto,
cabe um universo inteiro.

Talvez ninguém perceba —
estão ocupados demais.
Mas quem vê, sente:
há uma beleza que corta,
um gesto que resiste.

É um sorriso que veio
não da alegria,
mas da esperança.

É a alma dizendo:
“ainda estou aqui,
mesmo que doa,
mesmo que ninguém pergunte.”

E isso basta
para tornar aquele momento
profundamente humano.
Profundamente real.

Teresinha

 

 


 

COLETÂNEA DE PENSAMENTOS!...

 

*  "Tudo o que somos é resultado do que pensamos."
Às vezes esqueço o quanto os pensamentos moldam o mundo.
Não o mundo lá fora,  mas o que sinto dentro.
Quando penso com raiva, tudo me parece contra.
Quando penso com clareza, tudo se aquieta.
Sou o reflexo da mente que cultivo.

*  O budismo ensina que a mente molda a realidade. 

Cultivar pensamentos conscientes, compassivos e sábios transforma a vida..


*    "A dor é inevitável, o sofrimento é opcional."

 A dor vem. Simplesmente vem.
Perdas, frustrações, despedidas.
Mas o sofrimento... esse, muitas vezes, é escolha.
É o que eu faço com a dor.
É insistir em resistir.

Quando aceito, algo em mim se abre. E amolece.

 A dor faz parte da existência, mas o sofrimento nasce do apego, da resistência e da ilusão.

 Libertar-se do sofrimento é possível por meio da compreensão.   

 

*  "Apego é a raiz do sofrimento."
Quanto mais seguro, mais medo tenho de perder.
O apego parece amor,  mas é medo disfarçado.
Amar de verdade é deixar livre.
Deixar vir o que vem.
E deixar ir o que precisa partir.
    Quando nos apegamos a pessoas, coisas ou ideias,

 criamos dependência e medo da perda.

 O desapego não é indiferença, mas liberdade amorosa.

 *   "O agora é tudo o que temos."

    A prática da atenção plena  nos convida a viver plenamente

 o momento presente,  onde a vida verdadeiramente acontece.
A mente corre, sempre adiante ou atrás.
Mas a vida...
A vida só acontece aqui.
Nesse instante pequeno, onde tudo está contido.
Nada falta no agora.
Só precisamos habitá-lo.

 *   Tudo o que sou, vem do que penso, 

como o rio que nasce do monte.

Se planto silêncio, colho paz.

Se cultivo amor, respiro luz.

*    A dor vem como o vento vem,
sem hora, sem porquê.

Mas o sofrimento,
é a mão que não solta o que já passou.


   * Segurar é temer.

A flor na mão murcha mais cedo.

Mas a flor no jardim floresce,
livre do desejo de posse.


  *  O ontem se desfez em sombras,
o amanhã é um eco que ainda não nasceu.

Só aqui, neste exato silêncio,
o coração pode despertar.


 *   Não busques estrelas no céu alheio.
Quantas vezes procurei fora o que já estava em mim.
Mestres, caminhos, respostas.
Mas o silêncio me ensinou:
não há mapa.
Só uma vela acesa por dentro.
E o passo seguinte...
sempre nasce da escuta.
Tua chama brilha no centro do peito.

Anda contigo,
és o teu próprio farol.


  *     Uma asa é ternura, a outra é visão.

O voo só se dá com as duas.
Olhar com clareza,
agir com amor,
é assim que se atravessa o mundo.
Saber sem sentir é frio.
Sentir sem entender é confuso.
Mas quando vejo com o coração,
e ajo com consciência,
algo em mim se alinha.
E o mundo, mesmo imperfeito, parece um pouco mais leve.

 

Teresinha

domingo, 1 de junho de 2025

 
 
 
 
A DOR DO PALHAÇO !...
 
 
Atrás do sorriso de um palhaço
existe um circo em silêncio:
longe das luzes,
os tambores calam,
o público some,
e a saudade ensaia seu número.

Na face pintada de riso
brilham duas luas de lágrima:
uma pela infância que voa,
outra pelo amor que partiu.

Seu sapato gigante
esconde passos cansados;
seu nariz vermelho
acende memórias rubras
de noites em que riu de verdade.

Mas, ainda que doa o peito,
ele ergue o chapéu;
faz-se arco-íris de gargalhada,
empilha sonhos em malabarismos,
molda a esperança em balões coloridos.

Porque a dor que aperta o coração
vira confete quando toca o picadeiro:
despedaça-se em mil cores 
e, enquanto caem os papeizinhos,
o palhaço descobre que
talvez sorrir seja, também,
uma forma de cura.

Teresinha