A ignorância é a causa de todos os males que apoquentam a humanidade,
e a teimosia por vezes nasce dela.
Já que o amor, na sua expressão verdadeira, ainda não atingiu o coração da humanidade, sejamos mais ou menos sábios, amando com mais acerto aqueles que se aproximam de nós.
Não desdenhes a sua família, retratando o que se passa dentro de tua casa aos companheiros, que podem zombar dos teus infortúnios.
Procura revelar habilidade, fazendo o que estiver ao teu alcance para harmonizar o teu lar.
A tua família viaja no mesmo barco, contigo; se esqueceres os cuidados correspondentes à segurança, afogar-te-ás, com ela.
Já que a fraternidade entre os seres é de escassez indescritível, abramos os nossos olhos, pelo menos, para o grupo a que pertencemos.
Que os pobres não combatam os pobres, para que a pobreza não seja sinônimo de ignorância;
que os ricos não oprimam os ricos, para que a riqueza não seja assentada na usura.
Que as raças selecionadas pela natureza, que entre si diferem por costumes e ou cores, não criem problemas no próprio grupo étnico, para não enfraquecer a idéia de igualdade e universalidade, que unifica, pelo amor.
Da união de idéias nobres, surge sempre a vitória do bem.
Se és muito amigo de alguém, é porque ambos alimentais idênticos sentimentos.
Não permitas que a tua vaidade te leve ao combate sistemático dos teus companheiros.
Se não respeitas quem te gosta, onde irás descansar?
As pedras se acumulam, formando montanhas: as árvores, florestas; os pássaros, bandos;
os peixes, cardumes. Os homens se organizam em sociedades, e os Anjos em falanges.
E cada divisão se mantém coesa pelas leis do amor, e se nutre
pela assimilação de forças idênticas.
É contra-senso o semelhante destruir o outro.
O egoísmo é grande cegueira, pois nada é propriedade nossa, tudo pertence a Deus.
Somente recebemos na seqüência do que a vida nos permite para viver.
O combate aos nossos semelhantes é fora da lei espiritual, criada por DEUS.
Ele sabe o que fez, o que está fazendo e o que vai fazer, ainda que Seus objetivos permaneçam alheios às nossas acanhadas idéias.
Pretender ensinar à inteligência Divina, é o mesmo que almejar produzir gotas de chuva em lugar abundantemente molhado.
Se ainda não aprendeste a conservar as estradas por onde devem os outros passar, cuida do caminho por que transitas todos os dias.
Até que o tempo possa te abrir os olhos, mostrando-te que tudo que fizeres pelo bem estar alheio, reverter-se-á a teu crédito, estimula mãos para operarem em teu favor.
( CARLOS/JOÃO NUNES MAIA)
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