terça-feira, 6 de outubro de 2009

MANEIRAS DE DIZER AS COISAS...



Uma sábia e conhecida anedota árabe diz que, certa feita, um sultão sonhou

que havia perdido todos os dentes.


Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.

- Que desgraça, senhor! Exclamou o adivinho.


Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.

- Mas que insolente _ gritou o sultão, enfurecido.


Como te atreves a dizer-me semelhante coisa?


Fora daqui!

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites.


Mandou que trouxessem outro adivinho e lhe contou sobre o sonho.

Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:

- Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada.


O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro

ao segundo adivinho.


E quando este saia do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:


- Não é possível!


A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito.


Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

- Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer...

Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se.


Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra.

Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida.


Mas a forma com que ela e comunicada é que tem provocado, em alguns casos,

grandes problemas.


A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa.


Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta.


Mas se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceita com facilidade.

A embalagem, nesse caso, é a indulgência, o carinho, a compreensão e, acima de tudo, a vontade sincera de ajudar a pessoa a quem nos dirigimos.

Ademais, será sábio de nossa parte se antes de dizer aos outros o que julgamos ser uma verdade, dize-la a nós mesmos diante do espelho.

E, conforme seja a nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento.


Importante mesmo, é ter sempre em mente que o que fará diferença

é a maneira de dizer as coisas...

(Autor desconhecido)

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