sexta-feira, 20 de maio de 2011

O RELÓGIO DO CORAÇÃO...



"Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito

debaixo do céu:


há tempo de nascer e tempo de morrer;

tempo de chorar e tempo de rir;

tempo de abraçar e tempo de afastar-se;

tempo de amar e tempo de aborrecer;

tempo de guerra e tempo de paz."



(Eclesiastes)

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.


Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.

Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário mostrar que eles ficaram por anos em nossas agendas.

Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.

Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.

Há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem

os feriados das folhinhas.

Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje,

passados os dias difíceis, mal guardamos lembranças de horas.

Há eventos que marcaram, e que duram para sempre,
o nascimento do filho,

a morte do pai,

a viagem inesquecível,

um sonho realizado.


Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.

Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes

o tempo transcorrido foi o mesmo.

Mas conforme meu espírito, houve viagem que não teve fim até hoje,

como há percurso que nem me lembro de ter feito,

tão feliz eu estava na ocasião.

O relógio do coração – hoje eu descubro - bate noutra freqüência

daquele que carrego no pulso.

Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.

Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.

É olhar as rugas e não perceber a maturidade.

É pensar antes naquilo que não foi feito, ao invés de se alegrar e sorrir com as lembranças da vida.

Pense nisso.


E consulte sempre o relógio do coração:


Ele te mostrará o verdadeiro tempo do mundo.

(Alexandre Pelegi)

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