quinta-feira, 17 de abril de 2025

 

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 CÉU E INFERNO ÍNTIMOS!..  
  
Conta-se que um dia um samurai, grande e forte,
 conhecido pela sua índole violenta, 
foi procurar um sábio monge em busca 
de respostas para suas dúvidas.
 
 - Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender,
ensina-me sobre o céu e o inferno. 
O monge, de pequena estatura e muito franzino, 
olhou para o bravo guerreiro e, 
simulando desprezo, lhe disse:

- Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, 
você está imundo.

Seu mau cheiro é insuportável.

- Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada.

Você é uma vergonha para a sua classe.

O samurai ficou enfurecido.

O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu
dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva.

Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça 
e se preparou para decapitar o monge.

- "Aí começa o inferno", disse-lhe o sábio mansamente.

O samurai ficou imóvel.

A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara.

Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno.

O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.

O velho sábio continuou em silêncio.

Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade
 pacificada, pediu humildemente ao monge
 que lhe perdoasse o gesto infeliz.

Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:

- "Aí começa o céu".

Para nós, resta a importante lição sobre o céu e o inferno

que podemos construir na própria intimidade.

Tanto o céu quanto o inferno, são estados de alma que nós próprios elegemos no nosso dia a dia.

A cada instante somos convidados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o começo do inferno.

É como se todos fôssemos portadores de uma caixa invisível, onde houvesse ferramentas e materiais de primeiros socorros.

Diante de uma situação inesperada, podemos abri-la e lançar mão de qualquer objeto do seu interior.

Assim, quando alguém nos ofende, podemos erguer o martelo da ira
ou usar o bálsamo da tolerância.

Visitados pela calúnia, podemos usar o machado do revide
ou a gaze da autoconfiança.

Quando a injúria bater em nossa porta, podemos usar o aguilhão da vingança ou o óleo do perdão.

Diante da enfermidade inesperada, podemos lançar mão do ácido dissolvente da revolta ou empunhar o escudo da confiança.

Ante a partida de um ente caro, nos braços da morte inevitável, podemos optar pelo punhal do desespero
 ou pela chave da resignação.

Enfim, surpreendidos pelas mais diversas e infelizes situações, poderemos sempre optar por abrir abismos de incompreensão ou estender a ponte do diálogo que nos possibilite uma solução feliz.

A decisão depende sempre de nós mesmos.

Somente da nossa vontade dependerá o nosso estado íntimo.

Portanto, criar céus ou infernos portas à dentro da nossa alma,

é algo que ninguém poderá fazer por nós.

Pense nisso!

Sua vontade é soberana.

Sua intimidade é um santuário do qual só você 
possui a chave.

Preservá-la das investidas das sombras e abri-la para que o sol

possa iluminá-la só depende de você.

Pense nisso!


(Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em conto popular)

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