
AFINIDADE!...
A Afinidade é um dos poucos sentimentos
que resistem ao tempo e ao depois.
A afinidade não é o mais brilhante,
mas o mais sutil, delicado
e penetrante dos sentimentos. É o mais independente também.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro
retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto
no exato ponto em que se foi.
Ter afinidade é muito raro.
Mas, quando existe não precisa
de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento,
irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.
Afinidade é ficar longe pensando a respeito
dos mesmos fatos
que impressionam, comovem ou mobilizam.
que impressionam, comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.
É receber o que vem do outro com aceitação
anterior ao entendimento.
Afinidade é:
Afinidade é:
sentir com,
Não é sentir contra,
Nem sentir para,
Nem sentir por,
Nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente,
mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado,
não para eles próprios.
Sentir com é não ter necessidade
de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar,
É mais calar do que falar,
ou, quando é falar, jamais explicar:
apenas afirmar...
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas
quanto das impossibilidades.
Afinidade é retomar a relação
no ponto em que parou sem lamentar
o tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida.
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser,
cada vez mais a expressão do outro
sob a forma ampliada do eu individual aprimorado
(Artur da Távola)
(Artur da Távola)
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