sexta-feira, 21 de agosto de 2009

SOFRIMENTO E EUTANÁSIA


Quando te encontres diante de alguém que a morte parece nimbar de sombra, recorda que a vida prossegue, além da grande renovação...

Não te creias autorizado a desferir o golpe supremo naqueles que a agonia emudece, a pretexto de consolação e de amor, porque, muita vez, por trás dos olhos baços e das mãos desfalecentes que parecem deitar o último adeus, apenas repontam avisos e advertências para que o erro seja sustado ou para que a senda se reajuste amanhã.

Ante o catre da enfermidade mais insidiosa e mais dura, brilha o socorro da Infinita Bondade facilitando, a quem deve, a conquista da quitação.

Por isso mesmo, nas próprias moléstias reconhecidamente obscuras para a diagnose terrestre, fulgem lições cujo termo é preciso esperar, a fim de que o homem lhes não perca a essência divina.

E tal acontece, porque o corpo carnal, ainda mesmo o mais mutilado e disforme, em todas as circunstâncias, é o sublime instrumento em que a alma é chamada a acender a flama de evolução.

É por esse motivo que no mundo encontramos, a cada passo, trajes físicos em figurino moral diverso.

Corpos — santuários...

Corpos — oficinas...

Corpos — bênçãos...

Corpos — esconderijos...

Corpos — flagelos...

Corpos — ambulâncias...

Corpos — cárceres...

Corpos — expiações...

Em todos eles, contudo, palpita a concessão do Senhor, induzindo-nos ao pagamento de velhas dívidas que a Eterna Justiça ainda não apagou.

Não desrespeites, assim, quem se imobiliza na cruz horizontal da doença prolongada e difícil, administrando-lhe o veneno da morte suave, porquanto, provavelmente, conhecerás também mais tarde o proveitoso decúbito indispensável à grande meditação.

E usando bondade para os que atravessam semelhantes experiências, para que te não falte a bondade alheia no dia de tua experiência maior, lembra-te de que, valorizando a existência na Terra, o próprio Cristo arrancou Lázaro às trevas do sepulcro, para que o amigo dileto conseguisse dispor de mais tempo para completar o tempo necessário à própria sublimação.

(Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

2 comentários:

Sabrina Noureddine disse...

Oi Teresinha,
Acompanho seu blog a algum tempo, te conheci através do Leandro.
E deixei um presentinho para vc lá no meu blog em reconhecimento ao trabalho que vc desenvolve aqui, é só passar lá e pegar.
Abs., Sabrina
http://sabrinanoureddine.blogspot.com

Sabrina Noureddine disse...

Obrigada por sua visita e seu comentário...
Continue escrevendo, ok?
Abs., Sabrina.