sexta-feira, 8 de julho de 2011

PARTIDA E CHEGADA...


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Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara.


O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor.


Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.


Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará:

“já se foi”.


Terá sumido?



Evaporado?


Não, certamente.


Apenas o perdemos de vista.


O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós.


Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas.


O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver.

Mas ele continua o mesmo.


E talvez, no exato instante em que alguém diz:


"já se foi",


haverá outras vozes, mais além, a afirmar:


“lá vem o veleiro”.


Assim é a morte.


Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro,

e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos:


“já se foi”.


Terá sumido? Evaporado?


Não, certamente.



Apenas o perdemos de vista.


O ser que amamos continua o mesmo.



Sua capacidade mental não se perdeu.


Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que

quando estava ao nosso lado.


Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.


Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado.
E é assim que, no mesmo instante em que dizemos:


“já se foi”,


no mais além, outro alguém dirá feliz:


“já está chegando”.


Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante

a viagem terrena.


A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.



Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário.


A vida é feita de partidas e chegadas.


De idas e vindas.


Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.


Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico;


noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir,

como viajores da imortalidade que somos todos nós.


(Pensamentos de Victor Hugo (Espírito)
Do livro “A reencarnação através dos séculos” - Lair Lacerda)

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